O Brasil é um País rico, mas é roubado há 500 anos. Antes as riquezas materiais e culturais do País eram levadas pelas coroas europeias. Agora são retiradas pelos grandes capitalistas nacionais e internacionais, além da classe política, independente de ideologia, devidamente expostas nos escândalos de corrupção.
Estão conseguindo roubar até os sonhos de homens e mulheres que há séculos lutavam e lutam por um Brasil justo, democrático e sem desigualdade econômica, porque assistimos uma geração de lideranças políticas sem ética, algumas até acusadas ou encarceradas por crimes de corrupção.
É sabido que o modelo de sociedade brasileira é socialmente excludente, antidemocrática e movida também por preconceitos contra negros, índios e mulheres, resultado de decisões políticas e econômicas das elites nacionais e internacionais, desde a colonização.
Mas esse modelo excludente sempre encontrou resistências: revoltas de escravos; indígenas resistiram; anarquistas foram para enfrentamentos; ligas camponesas se mobilizaram; trabalhadores criaram sindicatos e lutam por direitos; partidos políticos foram criados e resistiram até a Ditadura Civil e Militar. A Constituição Cidadã de 1988 foi também resultado dessas resistências.
No entanto, o cenário atual político, econômico e ético, vem demonstrando que a concentração de renda só aumentou. Estamos numa “democracia” frágil, os preconceitos contra alguns brasileiros avançam e a política tornou-se ainda mais um espaço de malfeitores.
É triste e desalentador a conjuntura brasileira. Há séculos roubam riquezas materiais e culturais do povo, mas agora é deprimente saber que estão levando até os sonhos e ações alimentadas por gerações de homens e mulheres que lutavam e lutam por um Brasil justo e sem exclusão social.
Carlos Santiago – Sociólogo e advogado
Fonte: novoeleitoral.com
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