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Palco de falácias.

Nos palanques em uníssono
As falas não são mansas
Prometem em vivo brado mais emprego, saúde, educação e segurança
Todos que ali sobem sabem dizer isso

Esse é o principal mote do negócio
Entra um, sai outro, campanha após campanha
Quando não é o falar do oposto, tal é o argumento para se obter o voto
Nada além desses tópicos – o adversário é imprestável, e uma vã esperança

Mas, ah que desdita e loucura
Depois de se apurar o resultado da urna
Aquelas promessas não valem mais
A pessoa do palanque mostra-se agora falaciosa loquaz

E bem pior que malfadada enganação
Além da gama de promessas esquecidas
É ver os eleitos adentrarem teia infinda
De desgoverno, falcatruas e corrupção

É tanto desvio da coisa pública numa indecente festança
Em prol de uma corja de maus políticos e setores privados
Levando o bem público a literalmente descer pela privada, pelo ralo
Pondo fim a qualquer chance de mais emprego, saúde, educação e segurança

Ao ver esse menoscabo com a gestão pública e tamanhas negociatas
Em variadas formas e num crescente sem igual
Pasmado com a apatia social coletiva fico a pensar se temos “sangue de baratas”
Ou se o que se pensa é que isso tudo é normal

João Batista Bonfim Dantas – Juiz de Direito no Estado da Bahia e Poeta

Fonte: novoeleitoral.com

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